Malevo Ferreyra

segunda-feira, 14 de junho de 2010.
BUENOS AIRES (AFP) — O polêmico ex-delegado Mario "Malevo" Ferreyra, acusado de violações dos direitos humanos na ditadura argentina (1976/83), matou-se com um tiro, durante uma entrevista a um canal de TV, em sua casa, na província de Tucumán (norte), onde estava cercado por gendarmes.

Ferreyra resistia à prisão, ordenada pela Justiça por violação dos direitos humanos em um centro clandestino de detenção em Tucumán.

Para evitar ser preso pela Gendarmeria (polícia de fronteira), Ferreyra se escondeu na caixa d'água de casa, a uma altura considerável, de onde concedeu uma entrevista à Crónica TV.

Na longa matéria, transmitida pela TV, o ex-policial negou as acusações e denunciou a perseguição contra os membros das forças de segurança ativas na época da ditadura. No meio da entrevista, Ferreyra sacou uma arma, de repente, e deu um tiro na cabeça, diante de uma repórter estupefata e do cinegrafista que registrou tudo.

O ex-delegado foi retirado do telhado de sua casa e levado para um hospital, aonde já chegou sem vida.

Ferreyra era intensamente procurado pela Justiça, que investiga violações dos direitos humanos dentro do megaprocesso sobre esse centro clandestino de detenção, que funcionava no antigo Arsenal Miguel de Azcuénaga. Em 1993, Mario "Malevo" Ferreyra já havia sido condenado à prisão perpétua por um triplo homicídio ocorrido dois anos antes, quando estava à frente da Brigada de Investigações da polícia de Tucumán.

Horas depois do anúncio da sentença, ele protagonizou, contudo, uma fuga cinematográfica do tribunal, com uma granada nas mãos.

A Justiça o encontrou três meses depois, escondido em uma estância de Santiago del Estero e, após algum tempo, concedeu-lhe liberdade condicional.


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