Infarto fulminante

sexta-feira, 11 de junho de 2010.
O infarto fulminante é uma das principais causas de morte súbita. Neste texto vamos explicar por que algumas pessoas têm infarto cardíaco e conseguem chegar a tempo ao hospital, enquanto outras apresentam um quadro de infarto fulminante com morte súbita.

Infarto fulminante

Chamaremos de infarto fulminante aquele que causa o óbito do paciente antes que haja tempo de um atendimento médico; ou seja, o paciente morre antes de chegar ao hospital. Cerca de 15% dos infartos se manifestam com morte súbita, não dando chance ao paciente. Felizmente, os outros 85% conseguem chegar a tempo ao hospital.

Vamos começar pelo básico. Qualquer célula do nosso corpo precisa de sangue para viver; quando uma artéria sofre uma súbita obstrução do fluxo sanguíneo, os tecidos nutridos pela mesma sofrem isquemia e necrose. A esta morte de um tecido damos o nome de infarto. Um infarto pode ocorrer no cérebro, rim, pulmão ou qualquer outro órgão do corpo. Infarto do coração, ou infarto do miocárdio, portanto, significa morte das células musculares do coração (chamadas de miocárdio), por falta de suprimento sanguíneo.

As artérias que levam sangue aos tecidos do coração se chamam artérias coronárias. Nosso coração possui duas grandes artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo cardíaco: artéria coronária esquerda, que nutre o lado esquerdo do coração, e artéria coronária direita, que nutre o lado direito do coração.

Para que todo o tecido cardíaco receba sangue, essas artérias coronárias precisam se ramificar, formando uma grande teia de vasos sanguíneos ao redor do coração.

Quanto maior for a área infartada, ou seja, que sofreu necrose por falta de nutrição sanguínea, maior a gravidade do infarto. Reparem na ilustração abaixo, o exemplo de 3 localizações diferentes para uma obstrução das artérias coronárias e suas respectivas consequências.

Reparem que quanto mais próximo do nascimento das artérias coronárias ocorre a obstrução, maior é a área afetada. Não é difícil entender por que a obstrução na terceira figura é muito mais grave que na primeira. Todo aquele músculo necrosado torna-se inútil e incapaz de contrair para bombear o sangue. Se subitamente perdemos a nossa bomba de sangue, entramos em choque circulatório.

Além do choque circulatório, chamado de choque cardiogênico por ter origem no coração, existe outra importante causa para um óbito rápido após um infarto: arritmias cardíacas. O tecido cardíaco que sofre infarto já não consegue mais transmitir os impulsos elétricos, favorecendo o aparecimento de arritmias cardíacas graves. São as arritmias malignas as principais responsáveis pela morte súbita de origem cardíaca, e mais de 70% destas ocorrem devido a doença isquêmica do músculo cardíaco.

Na verdade, um extenso infarto é um grande risco, mas não é a única causa para uma parada cardíaca. Vários pequenos infartos ou uma isquemia, mesmo que não muito extensa, em uma área nobre da geração e transmissão dos impulsos elétricos do coração também podem desencadear arritmias malignas, levando a parada cardíaca. Portanto, dois fatores são importantes no prognóstico de um infarto: tamanho e localização da área afetada.

Veja o vídeo onde o infarto fulminante acaba com a vida  de uma pessoa em segundos:



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